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CEBXs-PR discute “Como Agregar Valor ao Sistema de Saúde”

O presidente do Colégio Brasileiro de Executivos de Saúde – Capítulo Paraná (CBEXs-PR) – Claudio Enrique Lubascher trouxe para Curitiba grandes players do mercado para discutir quais as saídas para melhorar a eficiência do sistema de saúde no Brasil. Durante as discussões ficou claro que não há uma solução formatada, o que existe hoje no mercado são laboratórios (principalmente financiado por grandes instituições) que estão engajados em encontrar soluções, dispostos a discutir o tema, a testar e a aprender com os erros.
Nas palavras da Dra Marcia Makdisse, do Escritório de Gestão de Valor (VMO) do Hospital Albert Einstein, as possíveis soluções passam pela análise do valor agregado do serviço prestado ao paciente incluindo o desfecho, que tem por consequência a identificação (através de exaustiva análise de dados) da qualidade do cuidado prestado pelo médico.
A análise dos dados é feita comparando os dados de atendimento de pacientes com o mesmo desfecho e perfil. Para este desfecho e perfil, qual é o tempo médio esperado para alta? Entre os médicos que atuaram neste grupo, há divergências nos tempos? Seguindo a mesma lógica, qual é o custo médio para este atendimento? Há médicos que dentro de um mesmo perfil de paciente atingem o mesmo desfecho, porém com um custo de atendimento menor? Se sim, por que não o remunerar melhor?
Este método de análise e remuneração de serviços de saúde favorece a competitividade entre os profissionais da saúde, incentivando-os a se manterem atualizados e serem cada vez mais assertivos em seus diagnósticos. O funcionamento desse método não é muito diferente das outras áreas de negócio que não a saúde!
A proposta de serviços de saúde nesse formato basicamente traz o conceito de valor agregado para todos os agentes envolvidos no processo de prestação de serviços de saúde:
1) O médico se propõe a ser mais assertivo no diagnóstico;
valor=maior remuneração
2) O paciente tem um desfecho mais rápido utilizando menos recursos do hospital;
valor= atendimento mais rápido e menor número de intervenções (menor risco), qualidade.
3) O hospital consegue atender mais pacientes e/ou consegue reduzir infraestrutura
Valor= Aumento do faturamento e/ou redução de custos (que significa mais lucro)
4) O plano de saúde vai atender a necessidade do paciente com menor custo
Valor= redução de custos (mais lucro) e maior competitividade (redução do valor dos planos de saúde para o paciente)
O paciente vai pagar menos pelo plano de saúde, e os serviços de saúde ficariam mais acessíveis à população.

Em outro discurso o Superintendente da Sul América – de relacionamento com prestadores e clientes da região Sul – Celso Boaventura afirmou que este modelo está em estudo pela seguradora, e pretendem avaliar a aplicação no mercado.
Metodologias como esta estão trazendo resultados positivos para o paciente e para a instituição. A Dra. Marcia citou que após a aplicação no Albert Einstein, o volume de diárias de UTI reduziram, levando a desativar alguns leitos, consequentemente menor valor faturado. Porém o valor de faturamento não traduz a eficiência! A redução de leitos significa menor gasto com facilities, médicos e enfermeiros, ou seja, a redução do faturamento vem acompanhada de redução drástica de custos e o indicador a ser considerado é o de lucratividade no período, que provavelmente irá refletir melhor adequação dos recursos.
Faturamento = 100; custo = 80; lucro = 20
Faturamento = 70; custo = 40; lucro = 30
Por fim, a discussão promovida pelo CBEXs é um movimento em busca de alternativas inteligentes para mudar o modelo de gestão que hoje premia o desperdício e a ineficiência, deixando passar desapercebido iniciativas de boas práticas que trazem valor ao sistema de saúde